A cidade de Tijucas está situada no
litoral Catarinense, na Foz do Rio Tijucas. Seu registro mais antigo
deve-se ao navegador italiano Sebastião Caboto, no ano de 1530, em
referência ao caudaloso rio Tijucas, ou “Tiyuco” como era chamado pelo indígenas, devido a lama escura depositada em suas
margens. Dizem que o navegador denominou o local de São Sebastião
em homenagem ao Santo, do qual era devoto. Mas foi somente em 1848,
através da Lei nº 271, de 4 de maio, que foi criada a Freguesia de
São Sebastião da Foz do Rio Tijucas. E em 1859 (Resolução n°
404, de 4 de abril) foi constituído o Município de São Sebastião
de Tijucas, elevando o local de Freguesia à categoria de Villa.
Casarão Gallotti
Edificada em 1898 por Benjamim Gallotti, a casa é um símbolo de Tijucas e foi residência de uma tradicional e importante família de origem italiana, berço de empresários, parlamentares, magistrados, ministros de estado e da justiça. Durante muitos anos foi uma referência na localidade, recepcionando figuras ilustres de todo o Brasil e tendo sido a primeira construção da região a contar com sistema de telefonia. A casa conta com porão alto, piso térreo elevado, ático avarandado, rica ornamentação e escada dupla central com acesso à entrada principal em frente à mansão. Foi projetada pelo arquiteto paulista Renold, com inspiração no Palazzo Gallotti, em Morigerati, Itália. A Família Gallotti doou a propriedade ao Município em 2007, servindo atualmente de sede para a Fundação Cultural Tradição de Tijucas e abrigando o Centro Cultural Benjamim Gallotti. Encontra-se aberta para visitação e exposições diversas.
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Foto: Prefeitura Municipal de Tijucas |
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Foto: Prefeitura Municipal de Tijucas |
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Foto: Prefeitura Municipal de Tijucas |
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1898 |
Construído
no final do século 19 para o coronel Benjamim Galloti, por ironia,
acabou sendo vendido para o seu desafeto, coronel João Bayer, que
instalou no local o primeiro hotel da cidade. As famílias Bayer
(UDN) e Gallotti (PSD) protagonizaram entre os séculos 19 e 20
acirradas disputas que propiciaram a Tijucas uma forte participação
na política e economia do Estado. Nem mesmo o casamento entre João
Bayer Filho e Catarina Gallotti teve o condão de amenizar tal
animosidade. A edificação é rica em detalhes arquitetônicos,
tem dois andares e um sótão habitável. Sua fachada possui um
balcão balaustrado, elementos neoclássicos e frisos que contrastam
com os janelões arqueados, típicos do final daquele século e com o frontão
triangular, que é decorado com formas geométricas. O casarão,
atualmente, abriga o Instituto Mathilde Bayer em seu primeiro piso,
servindo o piso superior de moradia para uma descendente da família.
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O Casarão Bayer fica a poucos metros do Casarão Gallotti |
Cine Theatro
O
Cine Teatro Manoel Cruz, construído em 1925, foi o centro cultural
de Tijucas nas décadas 20 e 30 do século passado, tendo fechado
suas portas em 1935, passou a abrigar na década de 50 um engenho de
arroz. Tombado em 1998 como patrimônio histórico de Santa Catarina,
aguarda a boa vontade e entendimento entre a Fundação Catarinense de
Cultura, a Prefeitura Municipal e os proprietários, para o início de sua
restauração.
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1925 |
Outra bela casa da Av. Coronel Gallotti, sendo esta avarandada e do início do século passado:
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1917 |