O Município de São
José foi fundado por casais açorianos no ano de 1750. Era conhecido por São José da Terra Firme, tendo sido erigido a condição de freguesia em 1756 e elevado para
cidade em 03 de maio de 1856, pelo Decreto Imperial nº 194. Em 26 de
outubro de 1845 recebeu a ilustre visita de Sua Majestade Dom Pedro
II e sua esposa Dona Teresa Cristina. A
praça de São José, que na verdade é dividida em duas, chamadas de Praça
Hercílio Luz (que hospeda o jardim Carlos Napoleão Poeta) e Praça
Arnoldo de Souza, abriga belíssimos casarios centenários, não só
em suas extremas, mas também nas vias públicas de seu entorno, em especial nas ruas
Getúlio Vargas, Gaspar Neves, Padre Macário e Xavier Câmara, sendo a grande maioria dessa edificações tombadas pelo Município, conforme informações colhidas no site do Arquivo Histórico Municípal de São José, as quais replicamos abaixo:
Igreja Matriz de São José
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Inicialmente construída de pau-a-pique, e, posteriomente, de madeira, já era considerada sede da Paróquia de São José em 1750. Acredita-se que no início do século XIX já possuia a atual configuração, sendo que em 1846, logo após receber a visita do Imperador, que devido ao seu estado de abandono deixou uma considerável quantia para sua manutenção, acabou por desabar sua torre principal, e, com ela, parte de suas paredes, tendo sido necessário demolí-la por medida de segurança. A nova Igreja já estava concluída em 1870, com as mesma dimensões originais, mas dessa vez com a construção de duas Capelas laterais.
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Casarão Gerlach
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Atual
sede da Fundação Municipal de Cultura e Turismo de São José e da Biblioteca Municipal,
datado de 1851, foi construído pelo comerciante José Antônio do
Pinho, que utilizava a parte superior do sobrado como residência e a
parte inferior para comércio. Posteriormente foi vendido a Francisco
Adão Schmitt, que chefiou o executivo municipal em diversas fase, e em
1902 foi adquirido pelo imigrante polonês Gottlieb Brugastaller
Gerlach, pertencendo a sua família até os dias atuais. No térreo
do casarão já funcionou a escola paroquial Externato São Francisco de Paula, o Café Social, nos anos de 1929 a 1959, a Câmara de Vereadores, de 1991 a 2002 e a Casa de Cultura da Faculdade Estácio de Sá, de 2003 a 2006.
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| 1851 |
Casa da Câmara e Cadeia
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Sobrado
construído em 1859, abrigava em seu piso superior a Câmara
Municipal de Vereadores e no térreo as celas da Cadeia Pública, com
a casa do carcereiro aos fundos. Edificado em planta retangular com
telhado de quatro águas, telhas do tipo capa e canal, beiral de
cimalha e aberturas com pedras de cantaria. Após a desativação
da cadeia pública, em 1950, chegou a abrigar o Arquivo Municipal,
cartórios Eleitoral, de Registro de Imóveis, de Registro de Notas,
Secretarias Municipais e a própria Prefeitura. Desde 1999 sedia a
Casa de Cultura Municipal.
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Theatro Municipal de São José
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O Theatro Municipal de São José teve sua pedra fundamental colocada em 1854, mas foi inaugurado somente em 21 de junho de
1856, mesmo ano em que São José foi elevada ao foro de Cidade. É a mais antiga casa de espetáculos do Estado de Santa Catarina
e uma das mais antigas do Brasil. Anos após sua inauguração, passou a ser denominado Theatro Adolpho Mello, em homenagem ao maestro, compositor e violinista josefense José Adolpho Ferreira de Mello.
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| 1854 |
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| O Theatro Municipal passou por uma grande reforma em 1924, passando a abrigar em suas instalações o Cine York, que foi desativado na década seguinte. |
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| 1921 |
Solar Ferreira de
Mello
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O
Solar Ferreira de Mello foi construído em 1772, servindo
como residência da família. Em 1845 recebeu a comitiva de D. Pedro II e
demais autoridades para o cerimonial do beija-mão. Sendo um sobrado de
planta quadrada, tradicional da arquitetura luso-brasileira, com
cobertura em quatro águas, telhas capa e canal com beiral apoiado em
cimalha, a qual, juntamente com os cunhais em massa, compõem o
enquadramento das fachadas. De alvenaria mista de pedra e tijolos com
grossos pilares de madeira de apoio ao telhado e piso, possui as
aberturas de requadro de madeira e encimadas por viga em arco
abatido, sendo suas janelas no estilo guilhotina, e piso de tábua
corrida. O casarão testemunhou vários acontecimentos históricos,
sendo que no ano de 1883, durante a Revolução Federalista, a casa
foi sede da Guarda Nacional e do Governo Provisório do Estado de
Santa Catarina. Atualmente, sedia o Museu Histórico Municipal de São José.
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| Casas geminadas da Rua Gaspar Neves |
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| 1921 |
Solar dos Neves
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Construído no ínicio do século XIX por Joaquim Xavier Neves, influente político e coronel da Guarda Nacional, encarregado de recepcionar o casal imperial Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina, por ocasião de sua passagem por São José, quando se dirigiam às fontes termais de Caldas do Cubatão, hoje Município de Santo Amaro da Imperatriz. Foi em seus refinados salões, que o ilustre casal, após passar em revista a uma tropa de oitocentos soldados postados em frente à igreja matriz, ofereceu uma concorrida recepção e banquete às autoridades locais.
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| Rua Xavier Câmara |
Igreja de Nosso Senhor do Bonfim
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Capela construída entre os anos 1851 e 1852 pela comunidade e o pároco Pe. Macário César de Alexandria, natural de Salvador, na Bahia. Sua edificação foi importante para os fiéis, que passaram a utilizá-la durante o período de reconstrução da Igreja Matriz.
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